-Cada um - responde a tradição protestante - e a intepretação que prevalece é a que fôr decidida pela maioria.
-Não - responde a tradição católica. Quem interpreta a Lei é um grupo de profissionais (padres) cuja vida é exclusivamente dedicada ao estudo e à interpretação da Lei. A interpretação que prevalece é a que fôr decidida pela elite desse grupo de homens, e a palavra final e absoluta pertence ao seu chefe supremo.
A cultura católica é a única racional, e por isso a única responsável, porque é a única em que a razão de um homem preside, de forma suprema e absoluta, aos destinos da comunidade. Se eu tiver dúvidas acerca da interpretação da Lei, se eu me sentir até abusado pela Lei, eu posso sentar-me, em última instância, com um Homem - o Papa - e exigir-lhe uma explicação racional por que é que a Lei tem esta interpretação, e não outra.
Mas, no caso da cultura protestante, eu sento-me com quem?
Na citação que fiz aqui de Salazar, para além da menção às plantas exóticas (fórmulas políticas imitadas da cultura protestante), o aspecto mais saliente é como ele caracteriza a atitude do povo português perante a situação - indiferente, desgostosa e inerte.
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