"Lugar Senhor dos Perdões, Ribeirão, Vila Nova de Famalicão. Aqui mora uma empresa que, no final de Novembro passado, recebeu do IAPMEI dois milhões de euros. Duas semanas após o Estado ter tomado controlo de 40% do capital da Facontrofa, a fábrica deixou praticamente de produzir, por falta de encomendas, e entrou em "lay off" pouco tempo depois. Com salários e subsídios por pagar, a empresa viria a ser decretada insolvente em Maio último (...) Contactado pelo Negócios, o IAPMEI desculpa-se com a crise mundial para explicar o desfecho da aposta no Senhor dos Perdões (...) Com a Segurança Social a surgir como um dos principais credores da Facontrofa, no final de 2008 o passivo da empresa já ultrapassava os 19 milhões de euros.", edição de hoje do Jornal de Negócios.
A confirmar-se a história do Jornal de Negócios, o exemplo anterior é revelador de tanta incompetência, tanta incompetência, que não pode ter acontecido por acaso! É que não se entende como é que o IAPMEI, que supostamente tem técnicos competentes, pôde tomar 40% do capital desta sociedade, através de uma operação de aumento de capital; a mesma sociedade que, anteriormente, havia realizado uma operação de redução de capital para encobrir prejuízos do passado e; a mesma empresa que, na altura da transacção com o IAPMEI, já apresentava um passivo de 19 milhões de euros - traduzindo-se este numa alavancagem financeira de quase 300% do "novo" capital social -, contando entre os principais credores a Segurança Social...Enfim, este IAPMEI é que se tornou um extraordinário 'Senhor dos Perdões'.
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