18 maio 2010

regresso em conformidade

Deambulando, há mais de uma semana, por terras onde a internet mal chegou, desliguei-me do mundo e o mundo desligou-se de mim. Regressado, retomo a normalidade e, à distância, olho para o que se passa em Portugal. Não esperava surpresas e não fui surpreendido. Portugal é, de há muito, um país de inconformados conformistas. Nestes dias mais recentes não têm faltado bons exemplos: um Presidente que discorda daquilo que aprova com a assinatura do seu nome, um Primeiro-Ministro que não pode concordar com os sacrifícios que impõe aos seus súbditos, e – coisa pasmante e nunca vista – um líder da oposição que pede desculpas ao povo por se aliar ao governo, em vez de o contraditar. Felizmente, por entre tamanha modorra conformista, parece que há quem comece a despertar. É o caso do CAA, que finalmente descortinou que Pedro Passos Coelho não é o D. Sebastião liberal pelo qual há muito aguarda. Tinha aqui, no Portugal Contemporâneo, manifestado a minha estranheza pelo seu silêncio face a comportamentos de Passos em tudo semelhantes aos que o CAA tinha censurado à liderança de Manuela Ferreira Leite. Fica, então, aqui, o justo reparo.

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