No pouco contacto que me foi dado ter com os festejos do 25 de Abril, reparei nuns personagens curiosos de fato cinzento e de cravo ao peito que se distinguiam do resto do maralhal precisamente por serem os únicos a ostentarem o floral adorno. Devem ser os profissionais do cravo, pensei, os verdadeiros e últimos beneficiários do golpe de 25 de Abril de 1974.
Pelo menos, pareceram-me os únicos que se regozijavam com o evento. O resto da populaça passeava indiferente.
Creio que para a maioria dos portugueses, o 25 de Abril se transformou nisto. Umas arruadas ruidosas conduzidas por uns artistas de meia-tigela que se inspiraram nos cravos para se transformarem nuns cravas.
Sem comentários:
Enviar um comentário