A crise financeira vai obrigar Portugal a rever as suas política sociais sociais e a saúde não vai escapar. Temos que diminuir os gastos em cerca de 2% do PIB. Só desse modo poderemos vir a cumprir o critério dos 3% de défice.
Para não argumentarmos sobre este assunto, dou apenas o exemplo da Grécia e da Espanha, a que já me referi oportunamente.
Como efectuar os cortes necessários é a grande questão. Questão que, quanto a mim, só pode seguir uma de duas vias:
1.Um SNS redimensionado, mais reduzido, complementado pelo sector privado.
2.Uma mudança de paradigma que acabe com o actual sistema geral, universal e gratuito.
Estas alternativas resultam da compreensão da causa da insustentabilidade actual. Um sistema de saúde que procura dar tudo a todos, sem custos no acesso, uma filosofia que não permite qualquer contenção de gastos.
A primeira solução, que me parece a mais fácil de implementar, controlaria a oferta. É a solução de “um pouco menos para todos”. A segunda solução controlaria a procura. É a solução de “um pouco menos para alguns – os mais necessitados”.
No primeiro caso apenas precisamos de vontade política do executivo. No segundo caso é necessária uma revisão constitucional.
Les jeux sont faitts.
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