08 março 2010

uma vida nova

Nos últimos posts tenho vindo a comparar diversos aspectos da socioeconomia católica - aquela que deriva da Doutrina Social da Igreja - com a socieconomia do socialismo e do liberalismo, respectivamente. Tenciono prosseguir esta comparação.
Porém, o que é que já deu para ver, o que é que se pode tirar daqui como princípio permanente, acerca da sociedade católica em comparação com a sociedade liberal e a sociedade socialista, o que é que há de distintamente diferente na solução católica, e que as outras não têm?
A resposta, que para mim tem constituído uma revelação, é: o equilíbrio, o meio-termo, o compromisso. O socialismo e o liberalismo são feitos de exagerações e de excessos. Respectivamente: tudo é Estado para um, tudo é empresa privada para outro; existe grande corrupção pública num e grande corrupção privada no outro; o trabalho do homem não possui significado num, é tudo na vida para o outro; o businessman é o vilão num, e o herói no outro; o desempregado fica às ordens do Estado num, é abandonado na rua pelo outro.
Se, depois de passar pela teologia católica, a sua liturgia, a sua doutrina social, a sua história e tradição, os seus catecismos, as suas encíclicas - se é que é possível ter um conhecimento mínimo de tudo isto numa instituição com mais de dois mil anos de idade - me pedissem para resumir numa só palavra - uma só - toda a mensagem que a Igreja Católica prega aos homens, eu responderia sem hesitação, e sem esperança de alguma dia vir a mudar de opinião: Equilíbrio.
Na realidade, quem vive de excessos e exageros morre cedo, e o socialismo e o liberalismo que vivem do excesso e do exagero estão destinados a isso. O socialismo começou a morrer em 1989, o liberalismo em 2008. O que é que vai restar para a civilização ocidental poder continuar a viver? Somente o equilíbrio da Igreja.
Quem vive de excessos e exageros morre cedo. Pelo contrário, aquele que vive de maneira equilibrada só parte quando Deus o chamar. Mas, para a Igreja Católica, esta partida não é a morte. Pelo contrário, é o começo de uma vida nova.

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