09 março 2010

uma aldrabice


Hoje, sinto-me profundamente indignado com o meu país. O que está a acontecer à democracia portuguesa não é aceitável. Não podemos admitir que governantes eleitos como representantes do povo continuem a mentir, de forma leviana e despudorada, sem qualquer consequência política e prática. Ora, este governo fez-se eleger assumindo, entre outros, o compromisso de não aumentar os impostos, mas agora, menos de seis meses depois, está a anunciar o contrário. E, pior, insiste na mentira descarada, a fim de iludir aquilo que a realidade dos números não permite esconder. Em suma, estão a fazer-nos passar por idiotas mentecaptos.

A política tem de ser honrada. E o Estado tem de ser uma pessoa de bem, inatacável. Assim, por mais indesejável, ou inoportuna, que seja uma crise política, não podemos tolerar o embuste e a repetida violação da relação fiduciária entre eleitos e eleitores. Basta! Temos de dizer não. E, senhor Presidente da República, alguma coisa tem de acontecer. Isso, sim, é sentido de Estado. Isso, sim, é cidadania. A alternativa é fazer parte da aldrabice.

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