O âmbito da política são as coligações de interesses, ajudar os amigos e prejudicar os “inimigos”. A procura da verdade e a ética não fazem parte desse domínio.
A única garantia que os cidadãos têm de que o poder não é abastardado é elegerem líderes que sejam cidadãos exemplares, os melhores dos melhores. Quando assim não acontece, o espectáculo político torna-se degradante e o país sofre as consequências.
Estamos a passar por um desses momentos. José Sócrates recusa-se a comparecer na comissão de inquérito parlamentar ao negócio da TVI e acusa os seus adversários de participarem numa coligação negativa para o destruírem. Sócrates tem razão, o PSD e o BE não estarão preocupados com o Bem e a Verdade. Pretendem apenas tirar dividendos políticos da situação, para o que, convenhamos, têm total legitimidade.
O dever da verdade e a questão dos princípios diz respeito ao cidadão Sócrates e a quem o elegeu. Infelizmente o cidadão Sócrates deixou acumular dúvidas sobre o seu carácter e ao fazê-lo deu o flanco a ataques políticos.
Um líder com a experiência do primeiro-ministro devia saber prever este desfecho que obviamente não dignifica o alto cargo que ocupa, mas que é da sua única e exclusiva responsabilidade.
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