Adalberto Campos Fernandes contextualizou o momento presente do ponto de vista social, político e económico, lembrando que vivemos um período de «condicionalismo extremo em termos orçamentais». E «quando existem condicionalismos orçamentais e não se fizeram os trabalhos de casa nos tempos que os precederam, naturalmente que o risco das medidas avulsas e das medidas intempestivas cegas podem facilmente repercutir-se sobre as organizações».
Notando que em algumas áreas da Saúde os profissionais abundam e o desemprego prolifera, mas, noutras, as carências são evidentes, o orador apontou esta como outra possível causa de descontentamento. E aproveitou a ocasião para criticar fortemente a abertura de novos cursos de Medicina, que considera «um erro de consequências que podem ser trágicas para a qualidade do ensino médico». Na sua opinião, a falta de médicos em Portugal é um «mito», admitindo apenas a carência de clínicos «sectorialmente nalgumas especialidades e nalguns domínios de actividade». E ao invés de se «atomizar o ensino médico», entende que se devia estar «numa fase de concentração universitária para termos faculdades de Medicina de dimensão internacional com potência de meios e recursos financeiros».
Via Saúde SA
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