“Não compreendo, em absoluto, a suspeição que recai sobre o meu país”, responde, quando questionado sobre se acha que Portugal e Grécia são hoje os maus alunos do euro. “Gostaria que me explicassem em quê a nossa situação é diferente da de outros países e porquê ela é mais preocupante”.
O primeiro-ministro recorda ao diário francês que a degradação do défice e da dívida públicos em Portugal está “em linha” com os desvios observados na Europa e em todo o mundo desenvolvido, sublinhando que foi a crise financeira que exigiu uma forte intervenção dos Estados para resgatar o sector e a economia real, que acabou por sucumbir a uma profunda recessão.
O primeiro-ministro afirma mesmo que se interroga sobre as razões que levam as agências de “rating” a usar dois pesos e duas medidas, e a pressionar os países do Sul da Europa, quando a Norte ou do outro lado do Atlântico há exemplos mais graves de deterioração orçamental.
“Questiono-me porque é que (esses analistas das agências) não se preocupam com a situação no Reino Unido, nos Estados Unidos, já para não falar do Japão, onde as contas públicas sofreram uma degradação bem maior do que em Portugal”, acusou.
Via JN
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