Todos os grupos políticos têm membros que pensam que têm respostas para tudo e que os adversários são idiotas. Mas a esquerda norte-americana, num grau mais elevado do que a direita, parece acreditar que as suas propostas são correctas, evidentes e baseadas nos factos e na razão; enquanto as propostas da direita estão erradas, são ilegítimas, extremadas e sem valor.
Artigo de Gérard Alexander, hoje no Washington Post
Esta observação peca por defeito. Não é só a esquerda norte-americana que sofre deste vício, é toda a esquerda, em todos os países do mundo. Gostaria de avançar uma explicação para este fenómeno, que não afecta apenas a esquerda, mas todas as ideologias colectivistas, incluindo o nazismo (nacional-socialismo) e o fascismo.
Na minha opinião, esta atitude resulta de uma predisposição inicial para colocar o suposto “interesse do colectivo” acima do indivídual, conferindo aos agentes políticos uma autoridade moral de natureza altruística. Os socialistas aceitam submeter-se ao interesse geral, ao Bem Comum e, por isso, são boas pessoas. Enquanto os conservadores colocam os interesses individuais acima do colectivo e portanto são egoístas e más pessoas.
O problema com esta dicotomia é o seguinte, ninguém sabe prospectivamente o que mais convém ao colectivo (ao proletariado, aos camponeses, à nação ariana, etc.). Por outro lado, o liberalismo não procura submeter o colectivo aos interesses de um indivíduo, mas respeitar todos os indivíduos de igual modo.
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