A decisão de Tiger Woods em suspender indefinidamente a sua carreira no golf para salvar o casamento é infantil e hipócrita - uma tontice -, própria de um homem perturbado com as consequências expectáveis de um processo tão duradouro, tão repetido, tão vexante e, agora, tão público. Como diz o provérbio "quem nasce para ser músico, morre cantando", por isso, Tiger devia era assumir o divórcio, tratar financeiramente da mulher e dos filhos, e andar para a frente com a sua vida. Com o tempo, poderia tentar reabilitar uma relação - de amizade - com a ex-mulher, em prol dos miúdos, e, assim, reabilitar-se aos olhos da sociedade que o tinha como exemplo.
Pelo contrário, ao tentar a redenção matrimonial que, em face da sordidez das suas repetidas escapadelas, nem mesmo a frieza nórdica da sua mulher permitirá, Tiger Woods está a lançar-se ainda mais na lama. É sabido que todo o desportista da sua craveira - em particular Tiger, o mais bem pago de todo o desporto mundial - está sujeito a mil e uma tentações. E, também, é normal que a natureza humana caia em tentação. O problema não é esse. O problema é a repetição infindável do processo, no mais profundo desrespeito pela companheira de toda a vida. Portanto, a única redenção de Tiger é assumir a irreversibilidade do assunto, esquecer que algum dia pensou que queria o casamento, e aceitar-se como é: um tigre selvagem! Há tantas pessoas assim - por que há-de ser ele diferente?!
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