A crise que se vive na Grécia é um grande teste à solidez do Euro, que, na ausência de uma Federação de Estados Europeus, é uma moeda iminentemente política. Ora, esperemos - a bem da união monetária e da participação portuguesa nessa mesma união - que a resposta à crise não se circunscreva à mera retórica política e que seja a Grécia, antes de mais, a responder com medidas próximas daquelas que a Irlanda se prepara para aprovar.
Caso contrário, se a reacção à crise se resumir apenas a palavras veementes - como estas do senhor Juncker - proferidas a partir de Bruxelas ou do Luxemburgo, estaremos somente na presença de um voto de confiança que, tal como no futebol, acabam sempre por preceder as chicotadas psicológicas - neste caso, uma chicotada monetária. E para aqueles que pensam que estou a exagerar, ou que desta vez é diferente, façam o favor de visionar este vídeo (nota: no filme, minuto 1:52, reparem só na rejeição categórica e na linguagem veemente utilizada por John Major na 5ª feira - curiosamente, hoje também é 5ªfeira! - anterior à implosão da libra, que aconteceu na 4ª feira seguinte - "Black Wednesday").
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