O mote dos eugenistas é: controlar a evolução humana.
Obviamente a ciência da eugenia tem tanta credibilidade como a do aquecimento global, é uma ciência falida, assente em premissas erradas, alienada de quaisquer princípios epistemológicos ou filosóficos.
A evolução é o resultado da interacção entre os indivíduos de uma determinada espécie e o meio ambiente que os rodeia (incluo aqui a sociedade e a cultura). Mesmo que conseguíssemos controlar algumas facetas da reprodução humana, seria impossível condicionar as alterações ambientais e, portanto, nunca saberíamos se estávamos a seleccionar os “melhores”.
Este conceito dos melhores, dos mais capazes, é um conceito relativo. Relativo às condições em que o indivíduo cresce e se multiplica. Teríamos de ser cegos, surdos e mudos, para ignorar que o sucesso de um indivíduo que nasça hoje em Kandahar depende de características genéticas completamente diferentes das de um outro indivíduo que nasça em Helsínquia.
Um liberal nunca seria um proponente da eugenia porque naturalmente acredita que o melhor é deixar a evolução humana à própria natureza, ou a Deus, se preferirem.
Os socialistas, pelo contrário, com a sua fé cega na capacidade de construir um homem novo e uma sociedade nova, revelaram um interesse pela eugenia que, apesar de ridículo, é consonante com o resto do credo socialista.
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