30 novembro 2009

nada a perder

Grande parte da dívida portuguesa ao exterior tem garantias reais. Se um banco não cumprir com os seus compromissos, por exemplo, os credores apropriam-se do capital, em negociação ou em processo de falência.
Este mecanismo é fundamental para limitar o recurso ao crédito. As instituições limitam o seu endividamento, de modo a não se tornarem insolventes.
O que acontece, porém, num país, quando muitos dos que vivem a crédito não apresentaram quaisquer garantias? Penso que há uma ruptura de um mecanismo normal de “feed-back”.
Por este motivo, a populaça não está minimamente preocupada com o défice público e com a dívida. Julga que não tem nada a perder.

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