Gostaria de contribuir para o debate sobre o individualismo e o colectivismo, iniciado pelo Luís Aguiar Santos, com eco no Insurgente, refutando a afirmação de que a enorme maioria das pessoas é instintivamente colectivista.
Sob um ponto de vista puramente biológico, todas as pessoas são indivíduos desenvolvendo uma estratégia “individualista” para “crescerem e se multiplicarem”, imortalizando o seu material genético.
As estratégias individualistas para atingirem esses propósitos são tão diversas que podem, inclusivamente, passar pelo colectivismo. Se um grande número de pessoas (indivíduos da espécie homo sapiens) conseguir crescer e multiplicar-se em regime colectivista, com um esforço menor do que num regime liberal, então serão “colectivistas”.
Neste sentido, o colectivismo é apenas uma expressão egoísta do individualismo. Thatcher afirmou que “a sociedade não existe, o que existe são indivíduos”. Penso que no mesmo sentido poderia afirmar que “o colectivismo não existe, o que existe são indivíduos que beneficiam por ser colectivistas”.
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