22 novembro 2009

desintegração final


O artigo de hoje, domingo, de Vasco Pulido Valente no Público ilustra na perfeição aquilo que está a acontecer no PSD. A última frase do artigo, intitulado "A agonia de um partido", diz tudo: "Com o PSD, já não pode contar".

O descalabro deste partido é total. Neste nosso Portugal, em quase tudo o que é política fede, a teia de interesses e a intriga permanente que caracteriza o PSD é especialmente mal cheirosa. Dali, infelizmente, não sai nada de bom. Trata-se de um partido que se demitiu das suas responsabilidades políticas, sem qualquer estratégia ou visão para o país e que, por isso, perdeu a credibilidade de vez. De resto, só se explica que o PSD ainda tenha tantos eleitores porque estamos num país onde as pessoas votam em partidos como se de clubes de futebol se tratassem.

Há semanas, no rescaldo das legislativas, escrevi aqui que se o PSD queria assumir-se como alternativa de poder não poderia renunciar ao "programa" eleitoral que, antes, havia apresentado para derrotar Sócrates. Infelizmente, já o fez - duas vezes. Primeiro, em relação ao TGV, ao qual fez acérrima oposição durante a campanha eleitorial mas que, entretanto, discretamente, se perdeu na espuma das coisas. E, agora, de forma descarada, na questão da avaliação dos professores, uma posição com a qual pessoalmente até concordo, mas que evidencia o jogo de rins, o diletantismo e a falta de seriedade política, que não se admite ao maior partido da oposição.

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