O sociólogo Pedro Adão e Silva adverte os portugueses de que «o mercado de trabalho não voltará ao que era. O desemprego vai ficar estruturalmente mais alto, não vai haver crescimento tal que justifique grandes recuperações no emprego como no passado». Infelizmente, o sociólogo Adão e Silva não nos explica as razões do seu ponderoso vaticínio, que se aproxima mais das previsões da astrologia do que dos critérios de uma ciência humana. Ele não nos esclarece porque motivos o mercado de trabalho «não voltará ao que era», nem porque «o desemprego vai ficar estruturalmente mais alto» (esta tendência dos sociólogos para as «estruturas» sociais é tramada...), sequer porque «não vai haver crescimento» que recupere emprego.
Talvez se o sociólogo Adão e Silva olhar mais para o passado do que para o futuro, isto é, mais para a História e menos para a Sociologia, consiga entender que a situação em que vive Portugal é fruto da estratégia de «desenvolvimento» seguida pelos sucessivos governos dos últimos anos. Essa estratégia tem dois caminhos possíveis: a de acreditar que o crescimento de um país se faz pela economia privada e pela iniciativa individual e empresarial, isto é, pelo mercado, e a de pensar que deve ser o estado, por via das suas políticas sociais e de incentivo económico, o principal motor de desenvolvimento. Em Portugal seguiu-se, na 3ª República, este último caminho, agravado nas últimas duas décadas pela governação socialista. As conseqüências estão à vista: o estado destruiu o tecido empresarial português (já em crise profundíssima muito antes da famosa crise internacional), arrogando-se na capacidade de desenvolver o país e de garantir o emprego à custa de recursos alheios. Hoje, as empresas – que ficaram sem recursos próprios – fecham em catadupa, umas atrás das outras, e o estado falhou redondamente os seus objectivos, concretamente na promoção do emprego, como não poderia deixar de ser. É, pois, bom que se perceba isto e se diga isto claramente, antes que apareça por aí outro sociólogo qualquer a explicar-nos que isto não é senão mais uma crise do capitalismo.
Talvez se o sociólogo Adão e Silva olhar mais para o passado do que para o futuro, isto é, mais para a História e menos para a Sociologia, consiga entender que a situação em que vive Portugal é fruto da estratégia de «desenvolvimento» seguida pelos sucessivos governos dos últimos anos. Essa estratégia tem dois caminhos possíveis: a de acreditar que o crescimento de um país se faz pela economia privada e pela iniciativa individual e empresarial, isto é, pelo mercado, e a de pensar que deve ser o estado, por via das suas políticas sociais e de incentivo económico, o principal motor de desenvolvimento. Em Portugal seguiu-se, na 3ª República, este último caminho, agravado nas últimas duas décadas pela governação socialista. As conseqüências estão à vista: o estado destruiu o tecido empresarial português (já em crise profundíssima muito antes da famosa crise internacional), arrogando-se na capacidade de desenvolver o país e de garantir o emprego à custa de recursos alheios. Hoje, as empresas – que ficaram sem recursos próprios – fecham em catadupa, umas atrás das outras, e o estado falhou redondamente os seus objectivos, concretamente na promoção do emprego, como não poderia deixar de ser. É, pois, bom que se perceba isto e se diga isto claramente, antes que apareça por aí outro sociólogo qualquer a explicar-nos que isto não é senão mais uma crise do capitalismo.
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