“Em Portugal, convenhamos, generalizou-se a ideia de que é na política que está a grande corrupção” – Ricardo Arroja
Tal como em qualquer outra sociedade católica a corrupção faz parte do nosso dia-a-dia. Não é um fenómeno tão perverso quanto se faz crer. É um fenómeno perverso apenas à luz do primado do direito ou “rule of law” (um conceito anglo-saxónico, alheio à nossa cultura). No caso português a corrupção introduz até alguns mecanismos de eficácia de mercado na esclerose da administração pública (acelerarão de processos burocráticos, correcções de valor através do suborno assim como equilíbrios entre a procura e a oferta, etc.). Esta observação é polémica mas nunca vi o tema discutido em Portugal. A matriz teórica dos portugueses sobre estas questões é sempre a mesma:Um moralismo saloio. As pessoas ainda não compreenderam que só há uma coisa pior do que um Estado monopolizador, burocrata, gigantesco e ineficaz, é um Estado monopolizador, burocrata, gigantesco, ineficaz e HONESTO.
D. Costa
Anonymous 11.25.09 - 5:34 pm #
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