30 outubro 2009

Gripe A


A Gripe A é um embuste!

Há uns meses, em Abril, quando os primeiros relatos acerca do impacto da Gripe começaram a sair nos jornais, confesso, receei o pior. Até cancelei uma viagem ao estrangeiro, por mais pacóvio que possa parecer! Julgo que boa parte do alarmismo que, na altura, se desencadeou teve a ver com o termo que foi dado à Gripe: "pandemia". Porque, ao termo "pandemia" está associado um catastrofismo que, felizmente, não tem a ver com a definição que os médicos lhe atribuem. Mas, repito, "pandemia", aos ouvidos de um leigo - como os médicos gostam de apelidar quem não é da área - soa a catástrofe. Mais tarde, em Julho, tive de me deslocar ao Brasil. Uns dias antes, um artigo na Folha de São Paulo escrevia que, nas semanas seguintes (em Julho, começa o Inverno no Brasil), surgiriam 60 milhões de casos de infecção com a Gripe A. Qual gripe, qual carapuça - fui na mesma. Contra a vontade da família mais próxima. Mas voltei vivo! Entretanto, fui investigando acerca de umas teorias da conspiração que indicavam a Gripe A como sendo um vírus fabricado em laboratório no sentido de fazer vender vacinas e medicamentos. E tive conhecimento de um artigo no New England Journal of Medicine que, nas entrelinhas, dava crédito à dita conspiração.

Posto isto, a Gripe A existe, mas não com a intensidade que a ela se atribui. Quanto à vacina, eu já decidi: não a vou tomar! Porque existe discórdia suficiente - em particular, nos circuitos médicos norte-americanos - para que eu, com as reservas que já tenho acerca do assunto, sinta não ser necessário levar a tal injecção, feita sabe-se lá de quê. Em relação à criança que morreu anteontem, supostamente de Gripe A, sem prejuízo do pesar e das condolências que todos devemos enviar aos pais da criança, faz-me lembrar um episódio vivido na minha família em meados da década de 90. Na altura, existia uma grande polémica acerca da doença das vacas loucas e da sua propagação aos humanos. Pois, naqueles anos, o governo português nunca admitiu a sua existência no país. No entanto, recordo-me de uma familiar minha - muito próxima e que acabou por falecer - a quem os médicos, informalmente, diagnosticaram a doença de Creutzfeld Jacob: a variante humana da doença das vacas loucas. É claro que na certidão de óbito escreveram uma outra treta qualquer, porque em Portugal não havia Creutzfeld Jacob! É mais ou menos como agora. Até aqui todas as mortes associadas à Gripe A tinham sido descredibilizadas como sendo consequência de uma outra coisa qualquer. Mas, agora, como o Infarmed anda à rasca para justificar a necessidade de uma vacina que foi rejeitada na América e em que até o Primeiro Ministro anda a fazer campanha em favor da vacina, por coincidência, morre em Portugal a primeira pessoa de Gripe A. E logo, por azar, uma criança. Enfim, paz à sua alma. E que se lixe a Gripe.

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