O Público de ontem incluía uma “análise sectorial ao programa do PSD, efectuada por especialistas (especialistas da esquerda)”. Interessou-me ler a coluna referente à saúde.
Manuel Delgado destaca o carácter generalista do programa do PSD (quanto a mim, uma vantagem). Refere-se ao ênfase dado à liberdade de escolha dos utentes como “um favorecimento dos mecanismos de mercado” e deduz que, “implicitamente, esta opção põe em causa o papel estruturante que o SNS vem desempenhando”.
Por fim, sublinha que o programa do PSD não aborda “a questão da sustentabilidade” do sistema.
A análise de Delgado parece-me correcta. Com o PSD os cidadãos terão mais liberdade do que com o PS.
Relativamente à questão da sustentabilidade já a porca torce o rabo porque se o programa do PSD não aborda este assunto, o do PS também não. Aliás, as despesas com a saúde dispararam nos últimos quatro anos, para 10,2% do PIB, e o próximo governo vai ter de efectuar cortes. O problema da sustentabilidade irá, portanto, colocar-se a curto prazo, com o PSD ou com o PS.
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