O semipresidencialismo em Portugal. A partir de hoje, com as declarações do Presidente da República, qualquer hipótese de cooperação institucional, que é, no sistema em causa, a condição necessária e imprescindível para assegurar a dupla legitimidade do governo (presidente e parlamento), é absolutamente impensável. Nem nos tempos idos de Ramalho Eanes e Sá Carneiro, quando a agressividade institucional também pairou alto, se atingiu nada que se compare com isto. O sistema semipresidencialista - que é a essência de todo o nosso ordenamento constitucional e da III República - acabou hoje. O regime provavelmente também. É urgente que venha outro, embora duvide, como há dias escrevi, que ele possa nascer de parto natural.
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