Em Portugal não existem faculdades de medicina privadas. Quem se opõe à sua abertura costuma dizer que em Portugal não há falta de médicos. Este argumento revela uma mentalidade e um programa político. É a mentalidade da corporação que tem um mercado cativo fechado do mundo e que defende que a saúde deve ser gerida superiormente por planos quinquenais. De acordo com o plano quinquenal 2011-2015, existe uma alocação perfeita dos médicos às necessidades da população. Não haverá escassez de médicos.
No mundo dos planos quinquenais:
1. Não existe mobilidade no mercado europeu de serviços de saúde. Nem os médicos portugueses emigram para o exterior nem o doentes estrangeiros estão interessados em ser tratados em Portugal.
2. O ensino superior não é um produto de exportação. As universidades portuguesas só podem receber estudantes portugueses e formar médicos portugueses. Não podem receber estudantes estrangeiros.
3. O licenciado em medicina só se pode dedicar à medicina. Não se pode dedicar à investigação científica, nem à actividade empresarial nem a serviços complementares à medicina.
4. Não existem surpresas. Não aparecem empresas inovadoras que vendem serviços médicos para o mercado internacional.
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