29 julho 2009

laissez-faire

Regionalizar, no meu entender, implica ceder poder político às regiões. Portugal talvez seja demasiado pequeno para beneficiar de qualquer regionalização. Quando falo em descentralização, no contexto da saúde, refiro-me à descentralização da gestão corrente. Refiro-me a dar autonomia às múltiplas unidades do sistema de saúde.
Na questão dos medicamentos, por exemplo, o governo deve definir a “política do medicamento”, responsabilizar-se pela introdução de novos fármacos, garantir a qualidade e a segurança. Contudo, é um exagero o governo envolver-se na micro-gestão da distribuição e comercialização dos medicamentos, na abertura de novas farmácias, na distribuição de medicamentos pelos hospitais, etc.
Estes últimos problemas, na minha opinião, podem ser melhor resolvidos localmente.
O governo deve, em muito casos, adoptar um certo “laissez-faire” que permita o aparecimento de novas soluções, enquanto responsabiliza a gestão local.

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