Ontem, Belmiro de Azevedo, numa entrevista à televisão, afirmou, entre outras coisas, que num período de crise, com elevado desemprego, era necessária mais flexibilidade laboral, nomeadamente no que diz respeito a trabalhar aos sábados.
Não atribuí, a estas declarações, qualquer intuito político. Pareceram-me apenas uma manifestação de bom-senso.
Hoje, o Público*, um jornal do grupo Sonae, de Belmiro de Azevedo, chama à primeira página o problema da Autoeuropa, sob o título: “Possibilidade de trabalho gratuito, ao sábado, volta à mesa das negociações na Autoeuropa”.
Ora, o que está em causa na Autoeuropa não é, de forma alguma, trabalhar sem remuneração. O que está em causa é não considerar o trabalho aos sábados como trabalho extraordinário.
O título parece-me, portanto, falso. Mas choca-me, sobretudo, que depois das afirmações de Belmiro de Azevedo, o Público, demagogicamente, continue a alimentar falsas expectativas.
O Público, demonstra mau senso e presta um péssimo serviço ao País, aos trabalhadores da Autoeuropa e até ao patrão do jornal.
* Título da primeira página.
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