A leitura, há já muitos anos, do best seller de Desmond Morris, O Macaco Nu, impressionou-me, ao tempo, e impressiona-me ainda hoje. A questão é muito simples: o homem, como espécie animal, possui características próprias e padronizadas, reproduzidas na totalidade dos indivíduos que, ao longo das gerações, dos anos e dos séculos, a vão compondo. Mesmo para além das diferenças culturais, geografias e outras, a genética é mais forte e faz de todos nós seres relativamente iguais, uns em relação aos outros, nos instintos, nos comportamentos, nas ambições e nas atitudes.
A leitura posterior de outros etólogos, entre eles de Konrad Lorenz, reforçou a minha admiração pela, afinal, previsibilidade do comportamento da espécie. Assim como, também, pela explicação demasiadamente biológica e física de muitas das suas atitudes, que eu julgara originais: a agressividade, a hierarquização, a territorialidade, a sexualidade, a exposição e a vaidade. No fim de contas, é como se nada do que julgamos intrinsecamente pessoal e íntimo fosse estranho aos zoólogos do comportamento animal e humano. O nome “O Macaco Nu” retira-nos, em boa verdade, qualquer veleidade de originalidade.
Restam-nos, obviamente, a razão e a consciência. Elas são fortes armas para nos defendermos da genética e para podermos utilizar a nossa liberdade de escolha, dentro das muito limitadas capacidades físicas e da espécie que verdadeiramente possuímos para aspirar à liberdade.
Nesta medida, a existência de mecanismos limitadores dessa já, por natureza, muito limitada liberdade, só poderá contribuir para o empobrecimento da espécie e da generalidade dos homens. Não procurando as razões pelas quais alguns homens ascendem sobre outros que verdadeiramente lhes são iguais, o que a etologia também explica razoavelmente, parece evidente que a liberdade, isto é, a possibilidade de cada indivíduo fazer as suas escolhas sem condicionalismos impostos por terceiros, é a mais importante condição para a satisfação da nossa biologia.
A leitura posterior de outros etólogos, entre eles de Konrad Lorenz, reforçou a minha admiração pela, afinal, previsibilidade do comportamento da espécie. Assim como, também, pela explicação demasiadamente biológica e física de muitas das suas atitudes, que eu julgara originais: a agressividade, a hierarquização, a territorialidade, a sexualidade, a exposição e a vaidade. No fim de contas, é como se nada do que julgamos intrinsecamente pessoal e íntimo fosse estranho aos zoólogos do comportamento animal e humano. O nome “O Macaco Nu” retira-nos, em boa verdade, qualquer veleidade de originalidade.
Restam-nos, obviamente, a razão e a consciência. Elas são fortes armas para nos defendermos da genética e para podermos utilizar a nossa liberdade de escolha, dentro das muito limitadas capacidades físicas e da espécie que verdadeiramente possuímos para aspirar à liberdade.
Nesta medida, a existência de mecanismos limitadores dessa já, por natureza, muito limitada liberdade, só poderá contribuir para o empobrecimento da espécie e da generalidade dos homens. Não procurando as razões pelas quais alguns homens ascendem sobre outros que verdadeiramente lhes são iguais, o que a etologia também explica razoavelmente, parece evidente que a liberdade, isto é, a possibilidade de cada indivíduo fazer as suas escolhas sem condicionalismos impostos por terceiros, é a mais importante condição para a satisfação da nossa biologia.
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