26 maio 2009

desordem na ordem

Mau serviço aos advogados e à advocacia portuguesa, o prestado ontem pelo ex-bastonário Rogério Alves, ao fazer apelos à pacificação no seio da Ordem, de modo a evitar uma crise que ela não conseguiria resolver por si. Ora, o receio da implosão da Ordem deveria ser visto como uma boa notícia e não uma notícia má. De facto, talvez assim se conseguisse terminar com o regime corporativo de representação monopolista da profissão de advogado, e avançar para um modelo de organização plural de interesses, que permitisse, mesmo até, o exercício da profissão à margem dessa corporação ou de qualquer outra. Porque a situação, tal como está, de obrigatoriedade de inscrição na única estrutura representativa da classe, perdão, digo, da profissão, faz lembrar a célebre unicidade sindical dos idos da década de 70.

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