Não, não chega. Cada vez mais se percebe que ela é, para a maioria dos políticos que têm responsabilidades governativas, um álibi para fazerem o que bem entendem e lhes apetece com os votos que o povo ciclicamente lhes confia. A democracia é, essencialmente, um método para permitir a alternância pacífica no poder, e, também por isso, um mecanismo que refreia e contém os ímpetos da soberania, pelo menos sempre que as eleições se aproximam. Todavia, ela não basta para manter a liberdade e o Estado de Direito fora dos períodos eleitorais. Aí, só uma sociedade economicamente desenvolvida, assente em instituições civis fortes e espelhada em instituições constitucionais verdadeiramente independentes do poder político, poderá assegurar os valores essenciais de uma sociedade livre. Não por acaso, são exactamente essas instituições que o estado questiona, ataca ou não deixa desenvolver.
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