As culturas podem classificar-se em três categorias. A primeira é a barbárie, os bárbaros pensam que os costumes da sua aldeia são leis da natureza e que alguém que viva de modo diferente não merece consideração e tem de redimir-se ou ser aniquilado.
O segundo estadio cultural é a civilização, é também o mais raro. As pessoas civilizadas são capazes de “balancear”, nas suas mentes, pensamentos contraditórios. Acreditam que existem verdades e que as suas culturas se aproximam dessas verdades. Ao mesmo tempo, porém, admitem a possibilidade de estarem errados. A combinação de crença e cepticismo é, por natureza, instável. As culturas evoluem da barbárie para a civilização e depois para a decadência (o próximo estadio) à medida que o cepticismo corrompe as certezas. As pessoas civilizadas lutam selectivamente, mas de modo eficaz.
O terceiro estadio é a decadência. As pessoas das culturas decadentes, cinicamente, pensam que não há nada que possa ser melhor do que qualquer outra coisa. E se têm desprezo por alguém é por quem tem convicções e crenças. Nas culturas decadentes não há nada por que valha arriscar a vida.
Em todas as culturas há bárbaros, civilizados e decadentes. O que caracteriza a cultura é o princípio prevalecente.
De George Friedman
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