Eu nasci em África há 150.000 anos. Não o meu eu físico, mas a minha espécie, o Homo Sapiens. Quem me quiser entender deve procurar nessas origens remotas a minha natureza. É isso que eu faço em relação aos outros, para conhecer a sociedade em que vivo.
Nós nascemos selvagens, tão selvagens como há 150,000 anos. A natureza (Deus) dotou-nos dos instrumentos necessários para crescermos e nos multiplicarmos, nessa época remota. Somos territoriais, possessivos, agressivos, por vezes violentos. Somos profundamente ligados à família e nutrimos sentimentos tribais.
A ideia de um “bom selvagem” é uma ideia romântica, sem nenhuma relação com a realidade. Quem tiver quaisquer dúvidas sobre esta minha afirmação que reflicta sobre os níveis de violência presentes nos países menos desenvolvidos.
Afirmar que ninguém nasce mau, como faz este professor universitário inglês, é um disparate inqualificável. Ninguém nasce mau ou bom, todos nascemos num estado selvagem. O processo de educação é, por assim dizer, um doloroso processo de domesticação, no final do qual interiorizamos os conceitos de Bem e de Mal. Se esse processo de domesticação não ocorrer, a sociedade não poderá continuar a funcionar.
A maior parte dos pedagogos olham para os infantes como se estes fossem um cubo de plasticina. Não são, são Homo Sapiens, com a sua natureza própria. Domesticados podem contemplar Deus, no estado selvagem são o Diabo.
PS: A propósito deste caso. No RU, estes dois criminosos, de 10 e 11 anos, ficaram em prisão preventiva, em Portugal teriam ido para casa.
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