Num post anterior defendi que os portugueses formam as suas opiniões por oposição às opiniões dos outros. As opiniões do André sobre determinado assunto são diferentes em algum detalhe das do Luís, do Leonardo e do Francisco. O português precisa dos outros para formar as suas opiniões e, portanto, também precisa dos outros para as defender. Está aqui a origem da reconhecida falta de independência de espírito do homem português.
Esta característica é católica e não meramente portuguesa. Os povos católicos nunca leram a história que deu sentido à sua vida, que é a história da vida de Cristo nos Evangelhos. Os povos católicos não lêem as Escrituras. A história foi-lhes sempre contada e, por isso, eles não estão certos de a saberem com exactidão. Precisam dos outros para a confirmar ou, em substituição dos outros, de uma autoridade. De outra maneira, sentem-se perdidos.
Os portugueses compensam a insegurança das suas opiniões pessoais no grupo. É no grupo que eles vão buscar a força de opinião que não possuem em pessoa. Por isso, sendo pessoas extremamente abertas e tolerantes em privado porque, não possuindo opiniões pessoais firmes, estão abertos a aceitar todas as opiniões, os portugueses tornam-se extremamente intolerantes em grupo. É o grupo que dá certeza e força às suas opiniões pessoais.
Na vida pública, os principais grupos são os partidos. Os partidos políticos são hoje em Portugal a principal máquina de intolerância e de exclusão. O lema é: "Se não é do Partido não é boa pessoa". Esta situação não deixa margem a ninguém no sector público para ficar fora dos partidos. Quem no sector público tiver uma carreira a fazer ou uma família a sustentar tem de aderir a um partido, caso contrário é esmagado.
Essas máquinas de intolerância e de exclusão que são os partidos tomaram hoje conta da vida pública em exclusivo e estão em vias de destruir as instituições, como é o caso notório da justiça. O sentimento de revolta anti-democrática em Portugal fez-se sempre contra os partidos. A democracia não precisa necessariamente de partidos e pode fazer-se sem partidos. Eu julgo que a democracia portuguesa ganharia muito proibindo constitucionalmente os partidos.
Esta característica é católica e não meramente portuguesa. Os povos católicos nunca leram a história que deu sentido à sua vida, que é a história da vida de Cristo nos Evangelhos. Os povos católicos não lêem as Escrituras. A história foi-lhes sempre contada e, por isso, eles não estão certos de a saberem com exactidão. Precisam dos outros para a confirmar ou, em substituição dos outros, de uma autoridade. De outra maneira, sentem-se perdidos.
Os portugueses compensam a insegurança das suas opiniões pessoais no grupo. É no grupo que eles vão buscar a força de opinião que não possuem em pessoa. Por isso, sendo pessoas extremamente abertas e tolerantes em privado porque, não possuindo opiniões pessoais firmes, estão abertos a aceitar todas as opiniões, os portugueses tornam-se extremamente intolerantes em grupo. É o grupo que dá certeza e força às suas opiniões pessoais.
Na vida pública, os principais grupos são os partidos. Os partidos políticos são hoje em Portugal a principal máquina de intolerância e de exclusão. O lema é: "Se não é do Partido não é boa pessoa". Esta situação não deixa margem a ninguém no sector público para ficar fora dos partidos. Quem no sector público tiver uma carreira a fazer ou uma família a sustentar tem de aderir a um partido, caso contrário é esmagado.
Essas máquinas de intolerância e de exclusão que são os partidos tomaram hoje conta da vida pública em exclusivo e estão em vias de destruir as instituições, como é o caso notório da justiça. O sentimento de revolta anti-democrática em Portugal fez-se sempre contra os partidos. A democracia não precisa necessariamente de partidos e pode fazer-se sem partidos. Eu julgo que a democracia portuguesa ganharia muito proibindo constitucionalmente os partidos.
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