Portugal é um país onde se bebe bem e se come melhor. Pelo menos, enquanto a nossa burocracia e os fiscais da ASAE não decidirem interpretar as normas alimentares comunitárias de modo a reduzirem aquela que é a nossa última marca civilizacional e cultural à fast food de comida higienizada e “saudavelmente” empacotada. Portugal tem uma excelente tradição vinícola e uma incomparável gastronomia. Acredito mesmo que esta última é, em variedade e qualidade, a melhor do mundo. Portugal devia estimar a sua gastronomia e tentar transformá-la num produto de exportação e de divulgação do país, que hoje, fora de portas, praticamente se esgota no limitado bacalhau. Sem economia, sem empresas, sem indústria, sem agricultura, sem turismo digno desse nome, resta-nos a mesa e a consolação de que, pelo menos por enquanto, não só não morreremos de fome, como continuaremos a comer bem.
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