14 abril 2009

L'Aquila

Sempre que ocorre uma tragédia com grande número de vítimas, ouvimos perguntar onde estava Deus? Como é possível conciliar a ideia de um Deus infinitamente bom com tanto sofrimento?
Confesso que não entendo esta interrogação. Não consigo conceber uma consciência tutelar omnipotente que zele pela nossa existência. A Igreja afirma que não nos cabe julgar os desígnios de Deus e os crentes limitam-se, simplesmente, a aceitar esse princípio.
Os Doutores da Igreja, contudo, vão mais longe e afirmam, de forma inequívoca, que não está ao alcance dos homens conhecerem Deus. A simples tentativa de o fazerem, para Aquino, já poderia constituir uma heresia.
Eu partilho deste princípio filosófico. Atrevermo-nos a pensar que Deus tem desígnios é ilógico e para os crentes “herético”.

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