A guerra colonial, a censura e a exclusão dos comunistas. Estes foram os três irritantes que levaram ao isolamento de Portugal da comunidade internacional e, em última instância, produziram o 25 de Abril. Do ponto de vista económico, o regime era imbatível. O fomento da educação foi também extraordinário durante o período.
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Havia obviamente em Portugal um vago sentimento de querer ser como os outros - a Europa Ocidental - mas esta é uma característica da cultura portuguesa, que acha que a verdade está sempre no estrangeiro, e que desde os primórdios da nossa história nos levou a querer conhecer o que por lá existe, e a emigrar.
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A falta de uma solução para a guerra colonial foi o problema decisivo. A solução federalista proposta por Spínola para as colónias tinha sido defendida dez anos antes por Marcello Caetano, e essa tinha sido uma das razões para Salazar o afastar. Como o próprio Marcello Caetano refere no seu livro "As Minhas Memórias de Salazar" (1975), a renúncia à solução federalista foi-lhe imposta como condição por alguns ultras do regime para aceitarem que sucedesse a Salazar.
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A diplomacia portuguesa comandada por Salazar sempre defendeu a especificidade da nossa colonização, e penso que o fez bem. A nossa era de facto uma colonização diferente e multirracial, muito distinta das colonizações francesa, inglesa ou holandesa. Salazar entendia que as colónias eram um património nacional que os portugueses tinham herdado dos seus antepassados e que lhes competia defender. Não é fácil contestar este argumento, excepto que o mundo inteiro, incluindo a ONU e os nossos aliados, como a Inglaterra e os EUA, estavam contra ele.
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Quanto à censura, o regime tinha-se aberto consideravelmente com Marcello Caetano, como o Rui refere num post abaixo. Erro crasso, e que poderia ter sido evitado, foi a exclusão dos comunistas. Os partidos políticos estavam proibidos em Portugal, mas, desde que não se organizassem em partido, não se vê porque não haviam os comunistas de ser permitidos no país. Foi um erro que criou "mártires" desnecessariamente. Por outro lado, é preciso ter em conta que o partido comunista conduzia uma subversão armada contra o Estado português.
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Não acredito que o 25 de Abril tivesse existido sem a guerra colonial e a mobilização dos militares. Sem esta, o regime teria evoluido, de forma mais ou menos atribulada, para uma democracia, como aconteceu em Espanha. Não seria possível manter o isolamento internacional, que reclamava democracia, por muito mais tempo. Os ventos da história sopravam nessa direcção e não havia nada a fazer.
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Eu não tenho dúvidas que Salazar foi o melhor governante que Portugal teve, e o mais patriota, desde a época dos Descobrimentos.
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A diplomacia portuguesa comandada por Salazar sempre defendeu a especificidade da nossa colonização, e penso que o fez bem. A nossa era de facto uma colonização diferente e multirracial, muito distinta das colonizações francesa, inglesa ou holandesa. Salazar entendia que as colónias eram um património nacional que os portugueses tinham herdado dos seus antepassados e que lhes competia defender. Não é fácil contestar este argumento, excepto que o mundo inteiro, incluindo a ONU e os nossos aliados, como a Inglaterra e os EUA, estavam contra ele.
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Quanto à censura, o regime tinha-se aberto consideravelmente com Marcello Caetano, como o Rui refere num post abaixo. Erro crasso, e que poderia ter sido evitado, foi a exclusão dos comunistas. Os partidos políticos estavam proibidos em Portugal, mas, desde que não se organizassem em partido, não se vê porque não haviam os comunistas de ser permitidos no país. Foi um erro que criou "mártires" desnecessariamente. Por outro lado, é preciso ter em conta que o partido comunista conduzia uma subversão armada contra o Estado português.
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Não acredito que o 25 de Abril tivesse existido sem a guerra colonial e a mobilização dos militares. Sem esta, o regime teria evoluido, de forma mais ou menos atribulada, para uma democracia, como aconteceu em Espanha. Não seria possível manter o isolamento internacional, que reclamava democracia, por muito mais tempo. Os ventos da história sopravam nessa direcção e não havia nada a fazer.
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Eu não tenho dúvidas que Salazar foi o melhor governante que Portugal teve, e o mais patriota, desde a época dos Descobrimentos.
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