11 março 2009

SNS XIX

Porque é que não temos, em Portugal, consultores farmacêuticos. Farmacêuticos especializados em fazerem o acompanhamento farmacoterapêutico dos doentes, em particular dos seniores e dos doentes polimedicados? Eis uma pergunta que a Ordem dos Farmacêuticos deveria responder.
Não há, no nosso País, falta de farmacêuticos, mas estão subaproveitados nas farmácias, a venderem cosméticos e desodorizantes. Uma situação que deve ser frustrante para quem tem um curso universitário e, certamente, aspira a mais.
Nos EUA, muitos farmacêuticos exercem como consultores, revêem os medicamentos que foram prescritos, conferenciam com os médicos prescritores, sugerem economias e sobretudo, alertam para os efeitos secundários e interacções dos medicamentos. Nos seniores, um bom acompanhamento farmacoterapêutico pode poupar cerca de 40% em medicamentos. E pode salvar vidas, muitas vidas!
Porque é, então, que a Ordem dos Farmacêuticos não estimula esta actividade, desenvolvendo uma competência específica?
No contexto de uma reforma da saúde, o MS deve disponibilizar a todos os cidadãos acompanhamento farmacoterapêutico. Pouparia muito e cumpriria o desígnio de qualquer sistema de saúde que é defender o direito à saúde.

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