03 março 2009

qual aquela?


Em posts anteriores tenho afirmado que sempre que um país de cultura católica, como Portugal, adopta as instituições típicas dos países protestantes - que são as instituições da democracia-liberal -, acaba, a prazo, por entrar em ruptura. A ruptura ocorre através do sistema de justiça e traduz-se em anarquia - a impossibilidade de alguém impôr a ordem e fazer cumprir a lei. Portugal encontra-se, mais uma vez, à beira da ruptura.

A anarquia, porém, nunca destruiu a sociedade portuguesa, apesar de Portugal ter convivido com ela frequentemente, em especial ao longo dos últimos duzentos anos (desde a revolução liberal de 1820). A razão é que as sociedades de cultura católica possuem uma enorme capacidade para lidar com a anarquia - uma capacidade, devo acrescentar, que é totalmente inexistente nas sociedades de cultura protestante.

Se a anarquia, prenunciada pelo colapso do sistema de justiça, é incapaz de destruír a sociedade portuguesa, pode perguntar-se se existe alguma causa que possa efectivamente destruír o país. Por destruição da sociedade ou do país eu significo uma situação de violência generalizada que poria os portugueses uns contra os outros de modo a tornar impossível a sua vivência em conjunto - literalmente, em guerra civil prolongada. A resposta é afirmativa, mas não é minha intenção identificá-la já.

Colocando a questão com maior precisão, e excluindo causas exógenas como uma guerra mundial ou um desastre natural: "Dentre as instituições seguintes, qual aquela cujo colapso destruiria a sociedade portuguesa, no sentido de levar à violência generalizada no país, colocando os portugueses uns contra os outros - isto é, em guerra civil -, de tal maneira que a sua vivência em comum se tornaria impossível:

-o Parlamento
-as Forças de Segurança
-as Forças Armadas
-o Mercado Livre
-a Presidência da República
-a Bolsa de Valores
-a Educação
-o Governo
-o SNS
-a Segurança Social
-a Liberdade de Expressão
-os Partidos Políticos
-a Administração Pública
-os Sindicatos
-a Economia?"

Procure responder. (Veja a solução no meu próximo post)

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