Óptimo! Mas, então, sugiro-lhe que comece nas Fundações portuguesas que, no nosso país, funcionam como autênticas "offshores"!
A próposito do assunto em geral, aqui vai um pequeno trecho do artigo que publiquei na edição desta semana do jornal "Vida Económica"
"De resto, nos casos recentes, que envolverem, primeiro, o Liechtenstein e, depois, a UBS, o objectivo foi identificar os esquemas de evasão fiscal e, nos casos de ilegalidade, penalizá-los. Nos casos de não ilegalidade, aprender com eles e adaptar as leis tributárias. Tanto num caso como noutro, o prémio final para os reguladores e para as Finanças (alemãs no caso do Liechtenstein e as norte-americanas no caso da UBS) foi a obtenção da lista com os beneficiários das contas e a devida regularização de impostos em falta. Não se tratou de nenhuma caça a traficantes de droga, com vista ao desmantelamento de redes de narcotráfico. Não. Foi apenas uma questão de dinheiro. De impostos. Enfim, coisas simples. Assim, é natural que o cerco em redor de países como a Suíça e o Luxemburgo (zonas francas mais sérias) se aperte tanto ou até mais do que em regiões como o Mónaco ou Andorra. Por uma simples razão. Devido aos programas de estímulo económico, que por todo o mundo se estão a implementar e que vão contribuir para criar ou agravar défices orçamentais, é provável que os impostos aumentem, sobretudo quando, historicamente, há margem para o fazer. Basta recordar que, em 1980, de acordo com o Fraser Institute, no conjunto dos países da OCDE, o IRC era em média de 38%. E o escalão máximo de IRS era de 68%. Hoje, no mesmo universo, esses valores baixaram para 27% e 42%, respectivamente. Ou seja, do ponto de vista político, há espaço para subir os impostos e, por isso, há também que maximizar a base tributária de cada país. Logo, a estratégia mais popular será ir atrás dos “offshores”.
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