12 março 2009

não custa nada

Sonhei que o Presidente Obama veio a minha casa. Tranquilizem-se já porque não me veio conferir a tão almejada e merecida Medalha da Liberdade, que conquistei por defender os direitos individuais, perante chusmas de insultos, ao longo de mais de 20 anos.
No meu sonho, talvez um pouco antiquado, Obama era um humilde jardineiro que me vinha tratar do jardim. Confiei nele porque se apresentava bem e falava ainda melhor e dei-lhe autonomia para redecorar a coisa. Sabem como é, cortar a relva, plantar umas flores, talvez umas rosas, limpar a piscina...
Quando regressei, uma semana depois, não queria acreditar no que via. Obama tinha transformado o quintal numa espécie de jardim botânico, com espécies tropicais raras. Tinha plantado bananeiras e ananases e, num canto, uma magnífica Protea (Protea Cynaroides). Na piscina tinha colocado peixes exóticos e uma bela medusa. Espantado, sentei-me numa cadeira e abri o envelope com a respectiva factura.
A conta era de biliões de euros. Não sei se milhares de milhões à americana ou milhões de milhões à portuguesa. Só sei que os zeros, à direita, chegavam ao bordo da página e davam a volta para trás. No final, escrito a lápis, numa letra vagarosamente desenhada, lia-se:
-Patrão, não tem de pagar tudo de uma vez. Pode pagar ao mês durante os próximos 90 anos. Paga filho e paga neto e paga bisneto. Não custa nada...

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