Iniciei aqui, no PC, uma série de posts sobre o SNS que termino hoje. O estímulo para os escrever surgiu da leitura de um texto do RAF, com uma análise bastante correcta do panorama actual da saúde.
É evidente, para quem analise a situação, que o conceito inicial do SNS foi desvirtuado pelo tempo. O SNS deixou de ser um meio para promover e defender o direito à saúde dos portugueses para passar a ser um dispensário de produtos e serviços que, como demonstrei, muitas vezes prejudicam a saúde.
Os dois partidos da esfera do governo, não se aperceberam desta deriva e tentaram, cada um a seu modo, corrigir a situação. O PS, controlando por “comando e controle”, o PSD empresarializando. Estas abordagens não darão resultados positivos, porque é necessário regressar à visão fundadora.
As 10 proposta que aqui deixei destinam-se a isso mesmo. O SNS deve ser gratuito no acesso, para funcionar como uma rede a que todos têm direito. Esta gratuitidade no acesso deve contudo ser acompanhada de uma restrição na oferta de serviços, aos que são de facto indispensáveis.
A filosofia do dispensário levará à ruína e desmantelamento do SNS. Sob a liderança do PS por conflitos sociais, sob a liderança do PSD por insolvência.
Se não enfermarmos de ideologismo barato, há muito que é possível fazer. Iremos a tempo?
Sem comentários:
Enviar um comentário