Por motivos ecológicos, a procriação deve estar limitada à família, devidamente constituída. Esta tese ocorreu-me após a leitura da entrevista do Sr. Porrit, que citei aqui.
Nunca antes tinha pensado nas implicações ecológicas da procriação, mas, bem vistas as coisas, elas começam logo no próprio acto reprodutivo. O exercício físico acelera o metabolismo e portanto a quantidade de CO2 exalado, contribuindo para o aquecimento da parelha envolvida na refrega, claro está, mas também do globo. Eis o pecado.
Se aceitarmos que o sexo encerra um pecado ecológico, é preferível que se reduza ao mínimo possível. O ideal seria que terminasse mal as condições hidráulicas o permitissem (Ex Porrit), de tal modo que o aquecimento se reduzisse.
Ora se o sexo tiver lugar fora do leito conjugal, com qualquer uma destas morenaças ou até com uma destas suecas (1), o aquecimento pode tornar-se tão tórrido que os gelos polares derretam, mesmo antes que os contendores declararem um vencedor.
No âmbito matrimonial, obviamente não se correm estes riscos. A natureza humana já foi criada de tal modo que a fraternidade do convívio embota os sentidos e reduz as práticas bestiais a simples assinaturas de presença que pouco ou nenhum CO2 emitem. A perfeição ecológica.
O ambiente, portanto, beneficiaria muito se a procriação se limitasse ao leito conjugal. E também se os ambientalistas, fundamentalistas, por um mínimo de coerência, se abstivessem destas práticas.
(1) Não esquecer que as suecas se comem aos pares, duplicando a emissão de CO2.
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