22 janeiro 2009

a grande conspiração

Sugere-me um leitor que comente a substância das opiniões de Pacheco Pereira sobre a influência da nossa comunicação social na política. O assunto é interessante, mas, a meu ver, completamente esclarecido: é enorme, como o é em qualquer país democrático do mundo que tenha imprensa livre. Os media fazem e desfazem políticos e políticas, e essa é uma regra do jogo de que qualquer político tem de estar consciente e para a qual se deve precaver em vez de se lamuriar. Porque o fazem e com que motivações, essa é outra questão. Que francamente interessa pouco para aqui. Mas diga-se, a talho de foice, que as campanhas dos media contra os políticos partem, quase sempre, das debilidades destes últimos. Exploradas até à exaustão pela comunicação social, obviamente.

Posto isto, não sei se há uma campanha nos media contra a Dr.ª Ferreira Leite, que passe pela promoção da imagem do Dr. Passos Coelho. Se há, é mau sinal para a líder do PSD: é porque a imagem política dela é tão má, que ainda consegue ser ensombrada pelo seu rival recente, aquele que derrotou nas eleições internas do partido há escassos meses. Mas, também, não vejo que os jornais e os jornalistas possam ser moralmente condenados por manifestarem preferência por uns políticos e antipatia por outros. Não foi isso mesmo que fez o Dr. Pacheco Pereira em relação a Santana Lopes e a Menezes, é certo que enquanto comentador e não como jornalista, mas, para todos os efeitos, utilizando os mesmos meios de que agora se queixa?

P.S.: aproveito para dizer que conheço o jornalista Francisco Almeida Leite, que já não vejo há muitos anos, desconhecendo que tipo de intenções o podem ter levado a escrever sobre o Pedro Passos Coelho. Do que em tempos conheci, não me parece pessoa para usar a sua profissão para fins que lhe sejam estranhos.

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