09 janeiro 2009

socialismo servil

No começo do Sec. XX, Hilaire Belloc intuiu de forma brilhante a evolução que a sociedade capitalista, da época, viria a registar e que, no seu ponto de vista, resultaria do impacto do pensamento socialista no capitalismo.
A concentração do capital continuaria, criando uma sociedade de plutocratas e de pobres. O Estado tornar-se-ia cada vez mais interveniente, arrecadando toda a poupança dos indivíduos e redistribuindo depois essa riqueza de acordo com princípios colectivistas.
A grande massa dos pobres ficaria sem recursos para poder negociar as suas condições de trabalho e seria forçada a aceitar “trabalhos servis”. Simultaneamente, o Estado imporia a esta massa de pessoas as condições de acesso a todos os serviços públicos.
O resultado seria uma garantia de subsistência e de segurança, à maioria do proletariado, à custa da sua transformação em servos. A maioria perde a sua tradição de liberdade e inclina-se para aceitar um estatuto servil por troca dos benefícios obtidos.
Eis, na opinião de Belloc, o resultado das ideias socialistas numa sociedade capitalista. Estou inclinado, olhando à minha volta, a concordar com este autor.

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