Neste post, o Rui a. referiu-se ao CDS como um partido de meninos, ao que PA reforçou com o termo "mimados".
Sendo certo que a malta do CDS se gosta de pavonear frente às câmaras, a verdade é que o documento apresentado aborda com interesse algumas das mais importantes matérias nacionais, em particular no domínio da fiscalidade e da imigração. Concordemos ou não, estão lá estabelecidas as suas prioridades. Há uma estratégia. E há oposição, como se tem visto nas questões relacionadas com a actuação do Banco de Portugal nos casos BPN e BPP. Só não há eleitorado, mas essa é outra história! Ainda são os submarinos, os sobreiros, os 200 despachos assinados numa só manhã e outros episódios infelizes.
Ao invés, no PSD há eleitorado potencial, mas falta tudo o resto! Não só a senhora não se impõe nos debates, como não se entende para onde ela caminha. Não há um plano. Não há ideias de fundo. O que existe é um conjunto de críticas, avulsas, muitas vezes incoerente, em relação às últimas medidas do Governo. O PSD actual está em modo reactivo. Está à vista de todos e assim não vai lá. De resto, as sondagens são claras: nesta indefinição estratégica, o PSD está perdido. A tudo isto, acrescente-se o clima de incerteza e instabilidade económica que aí se avizinha, cuja consequência é favorecer a ideia de que é preciso alguém "firme" ao volante, e está tudo conjugado para que José Sócrates ganhe nova maioria absoluta.
Quando chegar o momento das eleições, o país vai estar de pantanas, culpa dos nossos desequilíbrios endémicos (não dos últimos 4 anos, nos quais a única medida realmente impopular junto do povão foi o encerramento de algumas urgências hospitalares) e, em boa verdade, culpa também da crise internacional (algo que qualquer pessoa razoável entende). Os eleitores vão olhar em redor e vão pensar "Quem é que, apesar de tudo, nos pode tirar disto?". A Manuela Ferreira Leite?? Com todos aqueles zigue zagues políticos, gaffes de comunicação e tiques elitistas?? Pois claro que não. Além disso, como nem o BE nem o PC constituem boas parelhas para uma coligação duradoura com este PS e dado que também não estaremos em condições de perder tempo com governos instáveis, o voto das pessoas não irá para candidatos demagógicos ou distantes da população. Nestas circunstâncias, as pessoas votarão de forma útil. Votarão no único candidato, efectivamente, capaz de alcançar a maioria absoluta. Chama-se José Sócrates!
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