03 janeiro 2009

leadership

Sem uma visão clara e princípios que todos possam entender, não é possível liderar nenhuma organização e muito menos um país. O sucesso depende das acções concertadas de tantos indivíduos que, se não se comunicar o que se pretende, não podemos esperar milagres. Acaba cada um a remar para seu lado.
Analisemos o que se passa com a situação económica do País. O Banco de Portugal, o INE e o governo admitem que Portugal poderá estar em recessão e que são necessários estímulos Keynesianos. Faria sentido uma descida de impostos, mas o governador do BP afirmou que esta não seria a medida mais eficaz porque nada garantiria que os portugueses gastassem de imediato o que o poupassem no fisco. O governo delirou com “esta tese”, oferecendo-se, em alternativa, para gastar o dinheiro dos contribuintes.
No seu discurso de Ano Novo, contudo, o Presidente da República veio alertar o País para que “estamos a gastar mais do que o que produzimos” e ainda que “Portugal não pode continuar, durante muito mais tempo, a endividar-se, no estrangeiro, ao ritmo dos últimos anos”.
Estas mensagens parecem-me incoerentes e propensas a gerar confusão nos agentes económicos. Precisamos de gastar para superar a crise ou não? E se a crise é tão grave que o Presidente sofre com o cenário que antevê para 2009, porque não aliviar um pouco o garrote fiscal? Ou afinal a crise não é tão grave como o Presidente quer fazer crer e o governo ainda tem margem para gastar os biliões que a populaça iria certamente meter no colchão, se lhe dessem oportunidade.
Organizem-se senhores, organizem-se!

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