Sócrates não é um gentleman, pelo menos no sentido que Burke e Popper lhe atribuíam. Leva-se demasiado a sério e não tem qualquer sentido do dever.
O primeiro-ministro José Sócrates é um representante da populaça que chegou ao poder e que se comporta com todos os defeitos e vícios desta classe. Penso que Maria Filomena Mónica afirmou isto mesmo, quando lhe chamou: “Um rapaz da província”.
A populaça é inimiga da liberdade e da chamada “sociedade aberta”. A populaça tem demasiada fé no historicismo e no racionalismo para compreender que não é possível “construir o futuro”. O futuro é o resultado da livre interacção de todos. Esta fé, que Sócrates partilha, faz com que Portugal se esteja a tornar numa sociedade menos aberta.
Por fim, Sócrates acredita no positivismo ético que conduz “à desmoralização da sociedade e, por essa via, à abolição do conceito de liberdade e de responsabilidade moral do indivíduo” (1). Para Sócrates, na República a ética é a Lei (como também afirmou Guterres). Por isso Sócrates passa o tempo a afirmar que não cometeu quaisquer ilegalidades, quando o que interessa é se cometeu imoralidades.
(1) Este post foi inspirado pela leitura do livro – A Tradição Anglo-Americana de Liberdade, de João Carlos Espada, 2008.
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