Não existem muitos exemplos em que um território abandona uma moeda forte da zona monetária a que pertence para aderir a uma moeda mais fraca. Existem dois exemplos que se aproximam:
1. Países como Cuba que aceitam a dupla circulação da moeda nacional e do dólar. Este sistema só é possível porque o poder do Estado impõe a moeda nacional nas transações em que o Estado é parte (que são quase todas). Numa ditadura, o governo pode, se necessário, forçar a aceitação da moeda nacional através de medidas draconianas.
2. As moedas alternativas existentes em algumas cidades americanas. Estas moedas permitem que os locais dêem descontos uns aos outros e que os desempregados possam aceitar empregos precários sem perder a face. Só é possível numa pequena cidade com grande espírito comunitário.
Note-se que a dupla circulação do euro e de uma moeda nacional mais fraca levará inevitavelmente à rejeição pelo mercado da moeda nacional, excepto se o estado tiver capacidade para sustentar a sua moeda com recurso à coerção. O problema é que as medidas coercivas necessárias são incompatíveis com a pertença à União Europeia.
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