Na reacção aos problemas que a crise financeira vai colocando aos países, agora a um ritmo quase diário, gostaria de contrastar três nacionalidades - os ingleses, os alemães e os portugueses.
Os ingleses são os campeões da acção preventiva. Logo que um problema se vislumbra no horizonte, os ingleses antecipam e configuram o problema e, antes que ele ganhe maiores proporções, concebem imediatamente acções para lidar com ele. A antecipação do futuro e um grande sentido prático são duas das mais importantes e valiosas características da cultura britânica.
Os alemães também agem preventivamente, mas são mais lentos. A razão é que são mais ideológicos - ou não fosse a Alemanha o berço do Kant. Eles antecipam o futuro, mas a acção só é tomada depois de se certificarem que ela se conforma com a ortodoxia prevalecente. A maior diferença em relação aos ingleses é que estes actuam mais rapidamente porque não têm preocupações de coerência lógica entre as diferentes acções, prevalecendo o sentido prático.
Finalmente, os portugueses. São incapazes de antecipar o futuro, e por isso de tomar qualquer acção preventiva. Eles não actuam sobre a realidade. É a realidade que actua sobre eles. As coisas acontecem-lhes e eles aguentam-nas com a resignação que é própria das vítimas. Quando actuam é sempre in extremis, e somente quando o mundo está literalmente a desabar sobre eles. Neste caso, as suas acções são sempre a cópia daquilo que os outros países fizeram - com a desvantagem de só agora o fazerem. A acção é sempre tardia e quase sempre desajustada às circunstâncias dos seu próprio país.
Os ingleses são os campeões da acção preventiva. Logo que um problema se vislumbra no horizonte, os ingleses antecipam e configuram o problema e, antes que ele ganhe maiores proporções, concebem imediatamente acções para lidar com ele. A antecipação do futuro e um grande sentido prático são duas das mais importantes e valiosas características da cultura britânica.
Os alemães também agem preventivamente, mas são mais lentos. A razão é que são mais ideológicos - ou não fosse a Alemanha o berço do Kant. Eles antecipam o futuro, mas a acção só é tomada depois de se certificarem que ela se conforma com a ortodoxia prevalecente. A maior diferença em relação aos ingleses é que estes actuam mais rapidamente porque não têm preocupações de coerência lógica entre as diferentes acções, prevalecendo o sentido prático.
Finalmente, os portugueses. São incapazes de antecipar o futuro, e por isso de tomar qualquer acção preventiva. Eles não actuam sobre a realidade. É a realidade que actua sobre eles. As coisas acontecem-lhes e eles aguentam-nas com a resignação que é própria das vítimas. Quando actuam é sempre in extremis, e somente quando o mundo está literalmente a desabar sobre eles. Neste caso, as suas acções são sempre a cópia daquilo que os outros países fizeram - com a desvantagem de só agora o fazerem. A acção é sempre tardia e quase sempre desajustada às circunstâncias dos seu próprio país.
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