Na Idade Média a sociedade estava equilibrada entre a aristocracia, o clero e a populaça. Cada um destes grupos contrabalançava o poder dos outros, limitando os excessos possíveis.
Nas sociedades modernas a influência do clero foi praticamente eliminada, permitindo aos dirigentes políticos (a nova aristocracia) um domínio sobre a populaça que é inédito em termos históricos. Este poder revela-se, por exemplo, nos excessos fiscais ou na forma como o Estado se intromete na vida privada dos cidadãos.
A democracia não resolve este conflito entre governantes e governados. Pelo contrário agrava-o porque estimula o populismo e o cinismo dos políticos. Por outro lado, o laicismo é uma porta aberta a todo o tipo de arbitrariedades porque limita os conceitos de Bem e de Mal à estrita interpretação da Lei.
Todos ficaríamos melhor se o clero recuperasse alguma da influencia perdida e a usasse para balizar a conduta dos governantes e orientar a actividade da populaça.
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