07 dezembro 2008

populaça ao volante

A populaça é incapaz de manobrar um veículo motorizado sem o transformar numa arma de destruição massiva. Bastam meia dúzia de quilómetros numa qualquer auto-estrada para nos apercebermos deste facto.
Eis algumas dicas sobre a identificação dos espécimes mais representativos e perigosos desta vasta comunidade. Costumam circular em veículos com uma grelha entre os bancos da frente e os de trás, talvez numa reminiscência de terem passado algum tempo na choldra. Por vezes têm um rosário pendurado no retrovisor e os mais perigosos identificam-se por um triangulo, no vidro de trás, dizendo: bebé a bordo (ao volante?).
Se estes três sinais estiverem presentes, em simultâneo, é um caso patognomónico de populaça ao volante. Encostem-se à berma e deixem passar, correm perigo de morte. Pior só mesmo as carrinhas de trabalhadores que regressam a casa, das obras, aí por volta das seis da tarde e que parecem entusiasmados pelo aconchego a que o exíguo espaço da cabine os confina. Fujam a sete pés.
Um governo de categoria já tinha “ilegalizado” aquela grelha perniciosa, proibido o uso de símbolos religiosos nos automóveis (porque podem ofender automobilistas de outras confissões) e passado a conferir a carta de condução apenas em função da idade mental . A sinistralidade vinha logo por aí abaixo.

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