05 dezembro 2008

muito pior


Por entre a informação estatística que ao longo do mês é divulgada nos EUA e que produz efeitos nos mercados financeiros, uma das principais, senão mesmo a principal, é o chamado Employment Report (Relatório do Emprego).

O Employment Report é publicado na primeira sexta-feira de cada mês às 8:30 da manhã de Nova Iorque (13:30 em Lisboa) e contém três peças de informação sobre o mercado de emprego relativas ao mês anterior: o número de postos de trabalho criados (+) ou destruídos (-); a taxa de desemprego e o aumento médio do salário horário.

O Employment Report relativo ao mês de Novembro foi divulgado hoje: foram perdidos 533 mil postos de trabalho; a taxa de desemprego subiu para 6.7% (no mês anterior era 6.5%) e o salário horário aumentou em média 0.4%.

Foi o número de postos de trabalho perdidos em Novembro a grande surpresa do Relatório. Nos dias que antecedem a publicação do Relatório, as agências de informação, como a Bloomberg e a Reuters, consultam as grandes instituições financeiras pedindo-lhes as suas previsões para os números do emprego, que elas produzem através dos seus departamentos de investigação económica. A média das 73 previsões reunidas pela Bloomberg sugeria uma perda de 338 mil empregos em Novembro e a mais pessimista de todas apontava para uma perda de 470 mil.

A realidade (-533 mil) acabou por se revelar pior do que a pior das previsões. Por outras palavras, a crise que agora está a atingir a economia real com plena intensidade, depois de o ter feito em relação ao sector financeiro, é muito pior do que se poderia imaginar. (Para mais informações, consultar aqui)

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